Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/123456789/221
Título: Respostas fisiológicas e comportamentais de bovinos submetidos a diferentes ofertas de sombra.
Autor(es): Ferreira, Luiz Carlos Britto
Palavras-chave: Agroecossistema
Comportamento animal
Bem-estar animal
Sombreamento
Bovinocultura
Data do documento: Mai-2010
Editor: Universidade Federal de Santa Catarina
Citação: FERREIRA, Luiz Carlos Britto. Respostas fisiológicas e comportamentais de bovinos submetidos a diferentes ofertas de sombra. 2010. Dissertação (Mestrado em Agroecossistemas) - Centro de Ciências Agrárias - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010. 89 f.
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de diferentes disponibilidades de sombra na resposta fisiológica e comportamental de bovinos em pastagens, assim como a distribuição espacial desses animais e de suas fezes nas pastagens. Quatro grupos de três vacas em lactação, mestiças (83% taurino x 17% zebuíno), passaram pelos tratamentos sem sombra – “sol”, sombra única artificial (1,3m²/vaca) – “única”, sombra em bosque (174 m² de sombra) – “bosque”, e sombra de árvores dispersas (240 árvores/ha) – “dispersa”, num quadrado-latino (4x4), com períodos de três dias. Os piquetes foram subdivididos virtualmente em 24 quadrantes, para a análise da distribuição espacial das vacas e das fezes. O comportamento das vacas foi observado instantaneamente a cada 10 minutos, entre as ordenhas. A contagem dos bolos fecais era feita no dia seguinte a desocupação do piquete. As variáveis pastando, ruminando, na sombra, deitada, outros comportamentos, produção de leite, consumo de água, temperatura retal e freqüência respiratória foram analisadas pela variância, com as diferenças estatísticas obtidas pelo teste de Duncan. A distribuição espacial das vacas e das fezes, foi analisada pelo teste do qui-quadrado (tabelas de contingência). O tempo pastando foi maior no “bosque” e “dispersa”, do que em “sol” e “única” (P<0,03). O tempo ruminando foi menor no “sol” do que nos demais tratamentos (P<0,01). O tempo em outros comportamentos foi maior no “sol”, intermediário no “única” e menor em “dispersa” e “bosque” (P<0,01). O tempo de uso da sombra foi maior no “bosque” e “dispersa”, intermediário no “única” e menor no “sol” (P<0,01). O menor tempo deitada foi observado no tratamento “sol” (P<0,01). Na produção de leite não houve diferença entre os tratamentos (P=0,30). O consumo diário médio de água foi maior no “bosque” e “dispersa”, intermediário no “única” e menor no “sol” (P<0,01). As diferenças das temperaturas retais vespertinas e matutinas foram maiores (P<0,01) no “sol” e “única” do que no “bosque” e “dispersa” e na freqüência respiratória essas diferenças foram maiores (P<0,01) no “sol”, intermediária no “única”, e menores no “bosque” e “dispersa”. As freqüências observadas na distribuição espacial das vacas e das fezes foram diferentes das esperadas (p<0,01) e heterogêneas para todos os tratamentos, exceto na dispersão das fezes no “dispersa”, que foi homogênea. Conclui-se que a presença de sombra abundante na pastagem (em bosque ou dispersa) evita o estresse calórico, indicando melhor bem-estar de vacas leiteiras criadas a pasto no Centro-Oeste do Brasil. A sombra dispersa também proporcionou homogeneidade na distribuição das fezes. A sombra única foi insuficiente para o efetivo bem-estar dos animais, indicado pelas variáveis fisiológicas e comportamentais avaliadas nesse estudo.
Descrição: 89 f.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/221
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